roupa certa para sua imagem pessoal

Você já se perguntou se uma roupa era certa ou era errada para você? Ficou quebrando a cabeça sobre como se vestir para alguma ocasião com receio de errar na escolha? Já fez pesquisas nas redes de personal stylists ou consultores de imagem para saber o que pode ou não pode usar para seu estilo/corpo/idade/etc.? E se eu te contar que não existe certo e errado quando falamos de imagem pessoal?

É bastante comum eu atender clientes buscando receitas de bolo quando passam por um processo de consultoria de imagem comigo, querendo descobrir qual a roupa certa e qual a roupa errada para elas. Também recebo muitas perguntas de seguidoras nas redes sociais, interessadas no tema “imagem pessoal”, que querem uma resposta pronta para várias inquietações. E, por mais frustrante que possa ser, minha resposta é (quase sempre) “depende!”.

Por que depende?

Depende porque toda pessoa é única e para responder algumas perguntas preciso conhecer sua realidade. Ainda assim, mesmo em um processo de Consultoria de Imagem, que demanda uma investigação maior, temos que considerar os tantos papéis que são desempenhados por ela e, consequentemente, o que deseja comunicar em cada um deles. Desta forma, fica difícil dar uma resposta engessada. Tudo será uma escolha daquela pessoa quando for selecionar o que vestir, baseada no conhecimento sobre o que os elementos escolhidos podem provocar na sua imagem pessoal.

Por exemplo, se você quer parecer forte e competente quando está trabalhando, provavelmente irei te recomendar alguns tipos de peças, como as em tecidos mais estruturados, linhas e formas mais retas, cores mais neutras. Esses elementos presentes nas roupas provocam sensações visuais em quem os vê, contribuindo para aquela mensagem desejada. Agora, não é só isso que levo em consideração. E se você tem um rosto forte e expressivo que já transmite tudo o que está buscando? Isso significa que minhas orientações serão adaptadas, levando em consideração essas características.

Trabalhar uma imagem de força e competência significa, então, que você nunca poderá parecer feminina e delicada? De forma alguma! Pode ser que nesse seu papel profissional, o mais importante para a sua imagem seja se vestir de maneira mais séria para conseguir se posicionar.

Você quer se ver e se sentir sempre da mesma forma, em todos os seus papéis?

O seu papel de esposa, por exemplo, pode ser uma oportunidade para explorar um outro desejo de imagem de ser mais provocativa e desejada. Já no papel de mãe, poderá priorizar o conforto e mobilidade, sem perder o estilo e personalidade. São diferentes objetivos e escolhas para uma mesma pessoa, entende?

Por isso, se você seguir recomendações genéricas (“receitas”!), poderá atingir um resultado diferente do esperado, ou desconsiderar todas as nuances da sua vida. Além disso, são vários caminhos que podem ser seguidos, sem restrições. Se conter a usar certas peças porque “na receita” não dizia que podia é bem limitador e triste (imagina quanta coisa você pode estar perdendo!).

Nada de rotular, engessar ou proibir

Quando falamos sobre os estilos pessoais, muitas pessoas querem saber qual o seu estilo, buscando rótulos para se identificarem. Eu entendo que isso parece e pode até ajudar (pelo menos em alguns momentos). O que acontece é que nem tudo daquele universo visual faz sentido para todas as pessoas, nem casa com todos os seus objetivos, e daí a importância de ser orientada por um profissional de Consultoria de Imagem.

Nós estudamos as mensagens que você deseja comunicar nos papéis que desempenha e traduzimos em elementos do vestuário, maquiagem, corte e coloração de cabelo, acessórios e complementos. Assim, você pode explorar tudo aquilo que tem a ver com você, com seu momento de vida e objetivos, evitando forçar uma imagem que não te representa (reduzindo, também, o tempo despendido para chegar onde deseja).

Outra situação em que percebo a busca por uma resposta certa-errada é na hora de escolher peças de acordo com seu tipo físico. Entender suas proporções e silhueta é importante, sem dúvidas, mas jamais para te proibir de usar coisas que você tanto ama e com as quais se sente bem. Bato na tecla, de novo, que tudo vai depender das suas intenções e da sua decisão no momento de usar.

Se você é baixinha e quer aparentar ser mais alta, existem vários recursos visuais e técnicas de ilusão de ótica que te auxiliam a causar uma sensação de alongamento. Agora, e se você ama, por exemplo, uma pantacourt (aquele modelo de calça mais curta que pode causar a sensação de encurtar a silhueta), significa que nunca poderá usá-la?

Claro que não! Você tem, repito, uma escolha a fazer. Existem recursos visuais que, combinados com a pantacourt, vão contribuir para manter a impressão de silhueta alongada, como usar uma composição com tons monocromáticos, um calçado com saltinho (preferencialmente da cor da sua pele), colares alongados, etc. Se essas sugestões não te agradam, dificilmente você conseguirá parecer mais alta. Se, nesse momento, isso não for um problema para você, use e abuse da peça na combinação que quiser!

Isso significa que não devo pesquisar sobre nada, nem seguir dicas de profissionais?

Pelo contrário! Você pode e deve pesquisar para encontrar orientações e, principalmente, entender o porquê de cada recomendação encontrada, desde que filtre as informações e não se prive de escolhas só porque leu que “não podia”.

Essas reflexões que proponho se aplicam a várias inquietações: o que vestir em uma ocasião, na adequação a diferentes ambientes e situações, em como se vestir para a sua idade, e por aí vai. Não existe certo e errado, o importante é entender qual a sua intenção e seus objetivos pessoais e/ou profissionais para fazer escolhas assertivas (já falei sobre a imagem que você transmite e quer transmitir aqui, confere lá!).

Uma vez entendido isso, existem várias soluções e vários caminhos a seguir.  O interessante é compreender as possibilidades para fazer a sua escolha e que está tudo bem se, às vezes, você quiser fugir das recomendações. Afinal, são apenas orientações e você não estará fazendo “errado” se não segui-las!

Acima de tudo, encontre ferramentas para te auxiliarem a refletir se aquilo faz sentido na situação em que você deseja usar. E se você, em algum momento, sentir a necessidade da orientação de um profissional, lembra que estou aqui para te ajudar! Conte comigo 😉

Acompanhe, também, meu conteúdo no meu instagram @fabiana.morato para ver várias dicas sobre este tema.