É tanto conceito, tanta palavra parecida que ninguém se atenta aos significados de imagem corporal, autoestima e autoimagem. Estes são termos totalmente presentes e tão fundamentais no processo de Consultoria de Imagem e, por isso, hoje vou te contar o que querem dizer e como são trabalhados.

Auto– relativo a si mesmo; próprio

É um prefixo (de origem grega) que permite indicar aquilo que é próprio ou que funciona por si mesmo.

Falo há tanto tempo sobre a importância de trabalhar o autoconhecimento (mais um auto aí!), afinal, sem ele não é possível entender qual o caminho a seguir para aperfeiçoar sua imagem pessoal. Autoconhecimento é, então, tomar conhecimento de si próprio, de suas características, preferências e atributos. Você passa a se conhecer ao entender sua imagem corporal, sua autoestima e sua autoimagem.

Imagem corporal

O que é a imagem corporal? É a representação mental, ou seja, a forma como você vê e pensa sobre seu corpo, inclusive como acredita que os outros o veem. A percepção que você tem das suas características físicas, como seu tamanho, estatura, escala óssea, silhueta, força, coloração, forma física e também de seus movimentos, sua disposição no espaço, suas funções físicas, etc.

Essa percepção se constrói pelo que você interpreta e conhece do seu corpo e é desenvolvida com base nas suas experiências, na sua bagagem, e é influenciada pelo meio onde está inserida.

A imagem corporal afeta, totalmente, como deseja que seu corpo se pareça. Por exemplo, é possível encontrarmos duas pessoas com a mesma forma física que tenham objetivos visuais diferentes. Uma pode desejar parecer mais alta, enquanto a outra prioriza disfarçar sua silhueta. Uma pode ter uma imagem corporal positiva e a outra uma imagem corporal negativa.

Autoimagem

Com base na explicação acima, então, a autoimagem significa a mesma coisa? Não! A autoimagem vai além da percepção da imagem corporal de uma pessoa. É a percepção das características psicológicas e sociais somadas à imagem corporal.

As características psicológicas de alguém são a sua personalidade, seus talentos, suas atitudes e suas habilidades, e as sociais referem-se aos papéis que desempenha socialmente. A autoimagem influencia como a pessoa deseja se ver e ser vista, ou seja, como quer ser percebida pelas outras pessoas.

Autoestima

Vejo muita gente pensar que a autoestima está relacionada apenas ao se sentir ou não bonita. Ela não está apenas relacionada à imagem corporal. A autoestima é o valor que você atribui a si mesma, que está baseado na sua imagem corporal, na sua autoimagem, além das suas realizações pessoais e profissionais, na sua vida afetiva e no feedback que recebe dos outros.

Isso significa que você pode ter uma autoimagem positiva e mesmo assim estar com a autoestima baixa, se estiver frustrada ou desanimada com seu desempenho profissional e qualquer outra esfera da sua vida.

Autoaceitação

Espera aí, tem mais uma auto-alguma-coisa? Um conceito que trabalho com frequência no processo de Consultoria de Imagem é a autoaceitação. Vejo como é importante cada pessoa desenvolver o autoconhecimento e, com isso, desenvolver a autoaceitação, ou seja, entender que tem pontos positivos e pontos que não curte tanto assim, e que está tudo bem.

A autoaceitação é se aceitar do jeito que é, e entender que mesmo com questões que você não curte tanto, você consegue usar tantos recursos e destacar aquilo que mais ama. Gosto de dizer que é entender quais são suas características, como elas são, livres de preconceitos e de crenças.

Durante os atendimentos de Consultoria de Imagem, é muito comum recebermos clientes com crenças, mitos e “verdades” (mentiras) sobre como são e o que é permitido ou não fazer com sua imagem pessoal. O autoconhecimento ajuda a cliente entender seus atributos e a melhor forma de lidar com eles, seja no âmbito visual, com recursos de roupas, acessórios, cabelo, maquiagem, seja no âmbito comportamental.

Estes conceitos todos são tão importantes na Consultoria de Imagem, porque meu propósito enquanto Consultora é fazer o cliente se sentir bem na própria pele, respeitar suas características e atributos e jamais construir um personagem.

Ninguém quer (e nem consegue) usar uma fantasia dia e noite, fingindo ser algo que não é. Contribuir com a identidade visual de uma pessoa é respeitar acima de tudo a forma que ela se vê e deseja se sentir e ser vista. É mostrar várias possibilidades, para que ela escolha o que mais funciona para seu momento de vida. É dar liberdade e autonomia para fazer escolhas.

Se você estiver buscando o autodesenvolvimento e precisar de ajuda em todos esses direcionamentos, conta comigo! 😉

Fontes:
Ilana Berenholc, em Styling e criação de imagem de moda, 2012
Wiktionary
Michaelis
Wikipedia
Gatda
A mente é maravilhosa