Uma das dúvidas mais comuns entre Consultores de Imagem é: na sessão de Personal Shopping, devo levar minha cliente apenas às lojas que ela já conhece ou explorar novas opções?

A resposta depende de vários fatores, como o perfil da cliente, seus objetivos e o propósito da consultoria. Vamos entender melhor como tomar essa decisão para garantir uma experiência eficiente e transformadora.

1. Conheça o Perfil da Cliente

Antes de definir as lojas, avalie:

  • O estilo de vida da cliente e suas necessidades diárias.
  • Seus hábitos de compra – ela gosta de explorar ou prefere praticidade? Como ela se sente em diferentes lojas? Costuma achar o que gosta nas lojas que já experimenta?
  • Seu orçamento – quais faixas de preço fazem sentido para ela? Qual o ticket médio que ela paga em diferentes tipos de peças?

Isso ajuda a escolher lojas que respeitem o que ela realmente busca.

2. Vantagens de Explorar Novas Lojas

Eu particularmente gosto de chamar essa etapa de Experiência em lojas, justamente por querer proporcionar um grande diferencial na experiência da cliente. Isso tem muita importância, pois:

  • Amplia possibilidades – ela pode descobrir marcas e modelagens mais adequadas ao seu corpo e estilo.
  • Traz novas referências – se ela sempre compra nos mesmos lugares, pode estar limitando suas escolhas. Ampliar o repertório é um passo fundamental para o desenvolvimento do estilo.
  • Melhora custo-benefício – às vezes, lojas desconhecidas oferecem mais qualidade por um preço melhor, ou, ainda, a cliente descobre que pode comprar em marcas mais relevantes para seu estilo por um preço muito similar ao que já fazia em lojas nada alinhadas ao seu perfil.

3. Quando Manter as Lojas que Ela Já Frequenta?

Se a cliente já tem lojas preferidas, não significa que devemos ignorá-las. Pelo contrário:

  • Ela já confia no atendimento e na modelagem – o que pode tornar a experiência mais confortável. Clientes que se sentem fora do padrão costumam se fidelizar a marcas que às atendam, por exemplo: tamanhos plus size, pessoas altas, modelagem mignon, calçados com numeração mais difícil de encontrar (exemplo ≤ 34 ou ≥ 39).
  • Facilita a adaptação – algumas clientes têm resistência a mudanças bruscas e preferem testar aos poucos. Mesmo indo nas mesmas lojas, a proposta é você abrir seu olhar para novas possibilidades para que possa experimentar aquilo que nunca tentou.
  • Focar no ensinamento – é muito comum as clientes estarem habituadas a frequentarem lojas de departamento, um espaço ótimo para praticar sem a pressão de vendedores. Algumas pessoas não têm um orçamento para o momento, mas querem passar pela etapa e, por isso, você pode levá-la onde ela já conhece para esclarecer as dúvidas que ela encontra quando está sozinha.

4. O Melhor Caminho? Um Mix Estratégico!

O ideal é equilibrar as opções. Comece pelas lojas que ela já frequenta, garantindo uma base segura. Depois, apresente novas sugestões, explicando como elas podem complementar suas escolhas. Isso gera confiança e abre portas para descobertas sem causar desconforto.

Conclusão

A consultoria de imagem não é sobre impor mudanças radicais, mas sim sobre oferecer novas perspectivas respeitando a individualidade da cliente. A etapa de Personal Shopping deve ser uma experiência prazerosa e de aprendizados. Nada adianta levá-la a lojas muito diferentes e impor aquisições, pois ela não vai conseguir manter o visual proposto. Ao escolher as lojas, avalie o perfil da cliente, o propósito da compra e faça um planejamento que equilibre o familiar com o novo.