Não conheço uma mulher que, alguma vez na vida, não tenha pensado “Eu não tenho nada para vestir”. O armário está cheio e você não tem nem ideia com que roupa vai naquele encontro com amigos. A dúvida bate especialmente nesses momentos sociais quando você sai da rotina e quer se sentir bonita, valorizada e quer provocar uma reação positiva nas pessoas. Será que é tão difícil assim aprender a se vestir?

Quando falo em “se vestir e provocar uma reação positiva nas pessoas”, acho importante salientar, não quero dizer que você deva se vestir para os outros. Afinal, quem me conhece sabe como defendo a ideia de nos vestimos para nos sentirmos bem. Ao mesmo tempo, é possível mostrar às pessoas o cuidado e a valorização por estar junto delas.

Além disso, ser convidado para algum evento, por mais informal que ele seja, demanda se atentar à adequação, considerando a ocasião, seu papel, o período e vários outros fatores que já veremos adiante. Se vestir de acordo mostra aos anfitriões que você está muito feliz de participar daquele momento com eles e que está entre iguais.

Já houve alguma ocasião na sua vida que você tenha se sentido desconfortável por achar que se vestiu “demais” ou “de menos”? Mesmo que não tenha sido sua intenção, se é algo que te incomoda, você pode evitar essas dores numa próxima! 😜

Após conversar com muitas pessoas e clientes, percebi que a preocupação em se vestir aparece muito mais nos momentos sociais, quando saem da rotina e das atividades típicas semanais. Você sai do papel profissional e assume um papel social que, normalmente, tem uma carga horária menor em sua vida. E mesmo que você não exerça um papel profissional, o visual para as atividades rotineiras já está mais claro e adaptado do que o visual para outros momentos.

Afinal, com que roupa você vai naquele encontro? É realmente um bicho de sete cabeças aprender a se vestir?

Tenho uma notícia boa para você! Não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso dedicação e paciência. ;P

Vou me apropriar daquele belo ditado que a prática leva à perfeição. Isso significa que você tem que estar disposta a experimentar e praticar muito até encontrar e entender aquilo que faz sentido para você e o que, de fato, funciona para sua realidade.

Para ajudar a escolher com mais tranquilidade, listei alguns fatores que podem ser considerados quando você for escolher seus looks para essas ocasiões.

Como você quer se ver e se sentir na ocasião?

Pode parecer bobo, mas entender as sensações e sua intenção ao se ver (e, claro, quando os outros a virem) vai ser importante para escolher o seu look. Se você quer se sentir confortável fisicamente, poderá pensar em peças e acessórios que não apertem demais, que não ficam subindo quando você anda e até que não machuquem os pés. O mais importante nisso é entender o que essa sensação representa para você!

Conforto, por exemplo, não quer dizer tênis ou pé no chão. Cada pessoa tem sua versão do que é confortável fisicamente. Para alguns, pode ser que aquele top justinho, que dá uma apertadinha, é super tolerável para o momento que vai ser usado e é confortável sim.

E como você quer se ver? Bonita, feminina, elegante, sofisticada, forte, impactante, provocante, acessível, despojada… vix! Aí vai adjetivo. Novamente, cada uma dessas palavras tem um significado individual. O que é ser bonita para você? Talvez para algumas pessoas o fato de fazer uma bela maquiagem já vai trazer a sensação de beleza buscada. Para outras, pode ser usar uma peça bem feminina, como um vestido ou uma saia.

Não tem resposta certa ou errada, isso você precisa entender! O que nos leva a mais um fator importante…

Se conheça, entenda seus gostos, preferências e o que não tem a ver com você!

Para ajudar nesse processo de decidir como você quer se ver e se sentir, é muito importante você entender o que faz seu olho brilhar, o que você mais ama usar e que tem tudo a ver com você, com sua essência e seus valores.

Além disso, é preciso ter clareza sobre o que não funciona e o que você não quer jamais para seu visual. “Não quero usar peças largas, desestruturadas, oversized, porque me faz sentir” (…) Ou ainda, “não gosto de usar peças que me tornem inacessível e impeçam de me conectar com outras pessoas”. Sendo mais específica ainda: “não gosto de peças com brilho ou cores vibrantes”!

Quais são os seus gostos (e desgostos)? Eles estão em sintonia com a forma com a qual quer se ver e se sentir? Exemplo: você ama peças justas e curtas. Elas estão em sintonia com a mensagem de elegância e credibilidade que busca na ocasião que deseja usá-las?

Reforço, não existe resposta certa ou errada. Você deve refletir sobre seus objetivos, intenções e ver se combinam com aquilo que você mais curte. E deve saber do que você prefere abrir mão quando não combinam tanto assim. 😉

O que você tem disponível no seu guarda-roupa?

Lembra que eu falei que vai demandar um pouco de dedicação? Para entender como se vestir para diferentes momentos, é muito importante você também entender o que tem no guarda-roupa e tirar um tempo para olhar com carinho para ele.

Não, você não precisa toda semana ficar horas a fio olhando e analisando, mas pode fazer essa avaliação de pouquinho em pouquinho. O que você tem ali está funcionando para seu momento hoje?

Se não está funcionando, pode funcionar mais para frente? Eu sei, eu sei, a briga com a balança é uma das questões que mais aparecem na hora de olhar para o guarda-roupa e a gente se pega olhando peças que adora, e que não servem mais ou não estão caindo tão bem quanto antes.  

Seja realista: você vai conseguir usar essa peça novamente da forma que usava? Você tem um planejamento de perda (ou ganho) de peso que vai te permitir usar novamente? Em quanto tempo você visualiza a mudança para voltar a usar a peça?

Sabe um truque que uso com minhas clientes? Faça uma sacolinha (ou caixinha) do futuro! Se dê um prazo para provar novamente todas as peças que não estão funcionando agora, seja por questões corporais ou de momento de vida mesmo (maternidade, mudança de emprego, etc.).

Deixe anotado na agenda quando você voltará a provar essas peças e prove-as! Reflita nesse processo: você sentiu falta de usar alguma dessas peças? Elas ainda condizem com seus objetivos? Elas estão servindo e te valorizam?

Enquanto isso, você deixa no seu armário apenas aquilo que está funcionando para sua realidade atual. Deixe tudo à mostra, consiga visualizar as peças e complementos. Senão, você nunca saberá o que tem e todas as potencialidades das suas peças. E, claro, tire tempo para experimentar diferentes combinações. Eu sei, não é fácil e nem todo mundo ama ou tem vontade de fazer isso. Mas, se você quer resultados, tem que estar disposta a passar pelo processo (que pode ser feito por conta própria ou com a ajuda de uma profissional de Consultoria de Imagem 😊).

Entenda o que é (e não é!) adequado a diferentes ambientes e ocasiões


Procure se informar sobre adequações a diferentes ocasiões. Isso não quer dizer que todo convite que você receba vai precisar indicar qual o tipo de traje. Não é isso, hahaha! Entenda o que cada tipo de evento ou de situação sugere. É uma situação que demanda maior ou menor formalidade dos participantes? Será que é adequado usar uma determinada peça neste tipo de ocasião? Isso serve para eventos muito formais (casamentos, etc.) ou mesmo os mais informais.

Lembre-se: entender a adequação não serve para te punir para usar determinadas peças, e sim como uma forma de orientar as pessoas de como estarão todos naquele momento, para que se sintam entre iguais e para que você demonstre para os anfitriões que teve um cuidado e uma atenção para estar junto a eles.

O que também pode ajudar sobre esta questão é o próximo tópico.


Reflita sobre a ocasião: qual seu papel, período, duração, clima, local

Finalmente, vale pensar em cada ocasião específica que você estará. É um aniversário entre amigos?

Qual o seu papel? Sou uma das melhores amigas, sou parente próxima, ou uma conhecida… você pode pensar em um visual mais elaborado de acordo com a proximidade de quem a convidou (ou se for a anfitriã, não é?), para mostrar o carinho com a ocasião.

Qual o período que vai acontecer? É durante o dia, durante a noite, um fim de tarde? Você pode escolher peças mais alegres, coloridas e frescas durante o dia ou pensar em um visual que funcione bem para a noite!

Qual a duração? Se a ideia é chegar, cumprimentar, socializar e ir embora, talvez não seja tão ruim usar aquele salto mais alto e que cansa se ficar muito tempo com ele. Agora, se o evento vai horas adentro, você quer socializar a noite toda, ficar em pé direto e dançar bastante, talvez aquele mesmo salto já não seja uma boa opção. Isso vale para pensar sobre cada peça de roupa.

Quais serão as atividades? Puxando o gancho de cima, você vai dançar até o chão, vai pular, vai fazer mil e uma peripécias… será que você vai com aquela saia linda – e curtinha –, ou melhor botar uma calça que te dará muito mais mobilidade?

Qual o clima ou a previsão do tempo? Se for à noite, pode ser que faça mais frio. Se estivermos em pleno verão, talvez isso não seja um problema. Tem previsão de chuva? Vale considerar usar um calçado fechado e levar uma jaqueta impermeável.

Onde será? Pensar se a comemoração será na praia, no campo, em um espaço cimentado, coberto, fechado, num barzinho, ao ar livre pode te ajudar a definir melhor o look. Considere tudo e previna-se. Se o evento for em chão de terra, um calçado sem salto pode ser uma melhor opção. Se for na praia, um chinelinho dá conta. Se for durante o dia, com muito sol, ao ar livre, um chapéu pode complementar demais o visual.

Qual o nível de formalidade? Se isso não ficar claro, pense na ocasião em si. É um aniversário. É um aniversário ou um aniversário de comemoração de 50 anos da sua amiga? Marcos importantes para as pessoas sugerem comemorações mais elaboradas e um pouco mais formais. Portanto pense em todos os aspectos para facilitar a escolha.

Se muitos desses tópicos não ficarem claros, lembre-se de perguntar para quem a convidou. Esclareça tudo para não tomar decisões às cegas e depois se sentir desconfortável no ambiente. Lembre-se, também, de ser fiel à sua essência e preferências. Em uma ocasião mais formal, mesmo que não seja muito a sua praia, você pode imprimir seu estilo na modelagem, nas cores, nos acessórios, no cabelo e na maquiagem. Sinta-se bem acima de tudo!

E quais os benefícios de pensar em tudo?

Cuidar da imagem pessoal, tanto em situações da rotina quanto em ocasiões eventuais, age diretamente na autoestima. Quando estamos junto a outras pessoas e nos sentimos parte do grupo, nos sentimos bem, bonitas e valorizadas, nossa autoestima se eleva. É claro que a autoestima não depende apenas desses fatores, mas tudo isso faz parte e contribui para um sentimento de realização e alegria.

Além disso, pensar e planejar antes de sair provando as peças sem muito critério vai te proporcionar economia de tempo. Talvez no começo demore um pouco mais do que o idealizado, mas conforme você for praticando e entendendo como escolher seus looks, tudo fica mais fácil e, consequentemente, mais rápido.

Olhar com carinho para o guarda-roupa vai te fazer aproveitar melhor o que tem e diminuir a necessidade de comprar o tempo todo uma roupa nova, porque tem uma nova ocasião para ir. Mesmo que você precise adquirir alguma peça-chave que sentiu falta, a compra será feita com muito mais inteligência e planejamento. Você terá peças que realmente fazem sentido no seu guarda-roupa.

E, se para conquistar isso tudo, você acredite que não dê conta sozinha, você pode contar com minha ajuda para te guiar. Os serviços de consultoria de imagem podem atuar em vários desses pontos (ou em todos!) para te orientar e te trazer mais segurança na hora de se vestir. 🤗